O que fica claro ao se observar um trabalho como o de Casa Branca, considerando-se o contexto socio-geográfico da região conhecida como "Circuito das Águas", no interior paulista - no qual esta obra está inserida, é que os pequenos empreiteiros, que já atuam há muitos anos no mercado da construção de pequenas e médias residências, comportam-se como "coronéis", detendo o monopólio das empreitadas e marginalizando outros profissionais que utilizem novas técnicas, menos convencionais.
Como parte desse “coronelismo” na construção civil, a pequena residência de Casa Branca – que tinha, inicialmente, a intenção de ser a primeira de uma série de casas ecológicas – sofreu alguns atentados como forma de intimidação. Provavelmente, as pessoas que fizeram esses ataques queriam testar a resistência do tijolo ecológico e, até mesmo, da própria edificação e, ao mesmo tempo, queriam provar sua teoria de que uma casa construída com essa técnica não ficaria de pé.
Estavam bastante errados e puderam comprovar isso com seus próprios ataques: a cada cinta de amarração que era concretada (há uma a um metro de altura, uma segunda a 2,50m e uma terceira a 2,70m, onde se apóia a laje), a casinha ganhava firmeza e resistência a todo tipo de ataque.
